sexta-feira, 29 de junho de 2012







É MELHOR SE PREVENIR DO QUE TE UM BEBE MAS CEDO, E AS VEZES NA ADOLESCÊNCIA VOCÊ AINDA NÃO PODE TÁ  ´PREPARADA PARA TER UM BEBE.
                                           VAMOS DE PREVENIR!!!

Namoro Pela Internet!!!



quarta-feira, 27 de junho de 2012

namoro na adolescencia areaçao dos pais

Por mais liberais e modernos que os pais pareçam, na hora em que os filhos dizem que querem namorar, o susto e a preocupação tomam conta dos pais, que não sabem exatamente como agir. Proibir não é a melhor pedida, mas então como encarar que seu "bebê" cresceu, se tornou adolescente e se interessa por algo mais do que só os estudos e os antigos brinquedos?
Segundo a pscicóloga Cybele Micai, os pais devem reagir com naturalidade quando receberem a notícia, já que a situação é muito normal na adolescência.
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"É importante os pais já irem conversando e preparando-se para essa notícia (por mais que os pais sempre achem que os filhos terão 5 anos eternamente) e não serem pegos despreparados quando a notícia vier", argumenta.

É unânime, as maiores preocupações dos pais são o início da vida sexual, o sofrimento com a dor de amor e a alienação do adolescente, que, muitas vezes, ao iniciar um namoro, esquece do restante. Nesta hora, o primordial é que os pais não criem expectativas - positivas ou negativas - além do que os filhos estão realmente vivendo.
"A fase é cheia de descobertas, novidades e oscilações de humor e desejos, então não é preciso cobrar ou exigir durabilidade para a relação. Porém, é responsabilidade dos pais de ambos imporem as limitações e regras da relação, conversando com os filhos e namorados para tê-los sempre próximo, valorizando o aspecto familiar na relação", salienta a especialista.
A corretora de imóveis Rita Oliveira tomou um susto quando a filha de 12 anos disse que queria namorar um menino. A primeira reação foi dizer que não, depois, resolveu conversar. "Para mim namorar é beijar na boca, ficar se agarrando etc, mas na conversa descobri que ela queria ter um namorico. Acho que ficamos mais ansiosas que nossas filhas e corremos o risco de atropelar as coisas", observa. "Hoje conheço o menino, não fico incentivando, levo com naturalidade, mas as regras continuam, ela não vai a lugar nenhum sem que eu, o pai ou o padrasto levemos ou busquemos."
Já a dona de casa Simone Limeres Ferreira simplesmente enlouqueceu de ciúmes ao saber que o filho de 14 anos queria namorar. Ela e o marido proibiram, pois acreditavam que o namoro atrapalharia os projetos de vida do garoto naquele momento. Resultado: ele continuou namorando escondido e se isolou da família, ficando disperso e arisco por não contar com o apoio dos pais.
O relacionamento acabou por conta da imaturidade dos dois, mas a mãe aprendeu uma lição. "Só sei que nessa situação fui obrigada a ver que nós realmente criamos nossos filhos para o mundo e pude sentir um pouco o que minha mãe sentiu quando ela passou por isso", argumenta Simone

sábado, 23 de junho de 2012

Amar não e simplesmente ter o amor nas suas mãos  e ser duas pessoas em uma carne só não importa sua idade novo,adulto e idoso.Mas a melhor frase que existe é eu te amo.
ATárick Leal

domingo, 17 de junho de 2012

sábado, 16 de junho de 2012

fotos de coraçoes apaixonados

    
adolescentes adoram paixoes esses 2 coraçoes estao completamente apaixonados.


bjs larissa gomes da silveira uma boa sorte para quem esta namorando.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

fotos de adolescentes gravidas

       essa menina e a mae dessa criança ai de baixo 
esse menino e pai dessa criança pode namorar mas nao pode ter bebe 
                                       

cuidado com a gravidez desprevinida


Gravidez na adolescência


Desfamiliarizando um problema[3]

A paternidade e a maternidade na adolescência nos anos 70, de acordo com Mark Testa (1992), eram, e ainda são, identificadas como um problema de saúde pública. O prognóstico formulado, naquele momento, era de que as taxas iriam declinar por meio da educação sexual dos adolescentes, do acesso a métodos contraceptivos e do aborto. Entretanto, embora a taxa de nascimento nos Estados Unidos seja hoje menor do que nos anos 50, a redução da gravidez na adolescência não tem sido significativa desde os anos 70. Entre 1986 e 1989, essa taxa para a população adolescente aumentou em 15% (National Center for Health Statistics, 1991, apud Testa, 1992). Esse aumento da taxa vem preocupando especialistas que efetuam análises e propõem intervenções diferentes, de acordo com significados que atribuam a esse episódio.

Assim, como destacam autores como Rebeca Silva (1996), Claudio Stern e Elizabeth García (1996) e Dirce Bengel de Paula (1999), desde a metade da década de 80 [4], a saúde do adolescente, em geral, e a gravidez na adolescência, em particular, assumiram, principalmente nos países mais desenvolvidos, lugar de destaque no campo da Saúde Pública, gerando perspectivas diversas a partir de vários campos disciplinares, em especial a Demografia, a Medicina, a Epidemiologia e a Psicologia Social.
Como a maioria dos denominados problemas de saúde pública, a gravidez na adolescência tem sido discutida a partir de retóricas embasadas em números e estatísticas estimadas e/ou projetadas. A preocupação básica se traduz na idéia de que a gravidez na adolescência é um fenômeno em franca ascensão. Porém, segundo Stern e García (1996), os dados demográficos que mostram esse crescimento assustador produzem uma "idéia enganosa". Segundo eles:

Son el gran crecimentoen términos relativos y absolutos, de la cohorte de adolescentes y la fuerte disminución de fecundidad de las mujeres mayoresen los ultimos 15-20 añoslo que setraduce tanto en la mayor visibilidad de los embarazos en adolescentes como en el hecho de que, aún a tasas de fecundidad menores, el número y la proporción de hijos nascidos de adolescentes sean muy grandes” (Stern y Garcia, 1996: 3).

Por outro lado, nada garante que menores taxas de crescimento signifiquem necessariamente maiores níveis de bem-estar. Conforme Jonathan Potter e Margareth Wetherell (1991), a quantificação é um dos instrumentos de maior poder retórico no contexto discursivo contemporâneo. O uso que é feito da quantificação (argumentos numéricos) em debates científicos e/ou em desenho e implementação de Políticas Públicas destaca freqüentemente a precisão e objetividade dos números em detrimento do achismo e imprecisão dos argumentos verbais. Entretanto, como destacam Spink e Menegon (no prelo), não se trata apenas de entender o uso que é feito dos números, mas entende-los como produtos de uma história não muito distante. Segundo elas:

“Freqüentemente esquecemos quão recente é a utilização do sistema indo-arábico de numeração no Ocidente. Data apenas do século XIII, quando Leonardo Pisano (conhecido como Fibonacci) publicou sua obra magistral - o Liber Abaci.[5] Não que não existisse a matemática; mas com a introdução dessa notação numérica abriram-se novas possibilidades de cálculo. Esquecemos, assim, que os números são convenções e não expressões de quantidades naturais. Esquecemos, sobretudo, que os números que usamos em muitas de nossas práticas discursivas na pesquisa científica são notações decorrentes do uso de escalas com estatuto bastante diferenciado (as escalas nominais, ordinais e de intervalo), que dão sentidos distintos às expressões numéricas que nelas se sustentam”. (Spink e Menegon, no prelo, p. 15)

Muitos estudos epidemiológicos produzidos, em âmbito nacional e internacional, apontam um maior número de mortalidade materna entre as adolescentes (Bemfam, 1997; IAG, 1998; CNPD, 1997, 1998). Por outro lado, vários estudos, inclusive dentro dessa mesma disciplina, destacam que muitos argumentos sobre os quais se sustenta a visão tradicional acerca da gravidez adolescente estão embasados em resultados de investigação que são insuficientes e cujos pressupostos e interpretações possuem limitações importantes para produzir ações fundamentadas (Marques, 1995; Stern e García, 1996; Silva, 1996; Lyra, 1997; Cabral, 1997).

O Instituto Alann Guttmacher (IAG), por exemplo, salienta não haver consenso geral de que as adolescentes tenham maior risco de óbito durante o parto. Ao contrário, constata o IAG, são as mães mais velhas e as que têm mais filhos que apresentam maior probabilidade de morrer por ocasião do parto (Silva, 1996).

Conclusão semelhante chega Cabral (1997), em seu estudo sobre as conseqüências da gravidez na adolescência para a saúde da mãe e do recém nascido. Essa pesquisadora realizou um estudo transversal com uma amostra de 475 mães com idade inferior a 19 anos e 468 com idades entre 20 e 29 anos. Analisou variáveis como peso do bebê ao nascer, freqüência de Apgar e infecções neonatais, prematuridade, freqüência de casos graves e eclampsias [6], abortamento, etc. Com base em análises estratificadas e análise variada, Cabral conclui que a idade materna não pode, isoladamente, ser considerada como causa de conseqüências adversas da gravidez entre adolescentes. Em geral, condições inadequadas de acompanhamento em torno dos processos de gravidez, parto e puerpério podem gerar dificuldades generalizadas e obstáculos à saúde da mãe e do bebê. Além disso, acrescentam Stern e García (1996), a mortalidade e morbidade materno-infantil associada à gravidez adolescente estão menos relacionadas à idade da gestante do que às desigualdades sociais e à pobreza que enfrentam grupos menos favorecidos.

A pergunta é inevitável: onde reside a base do argumento de que gravidez adolescente é sempre e inexoravelmente um problema, na idade da gestante ou em condições sócio-econômicas? Autores como Madeira e Wong (1988) alertam que os índices de gravidez são mais elevados entre jovens analfabetas ou com instrução mínima e que teriam possibilidades quase nulas de escapar do círculo da miséria, gerando conseqüentemente a manutenção da reprodução da pobreza e da ignorância. A preocupação com a manutenção do ciclo da pobreza tem orientado grande parte dos estudos sobre o assunto, bem como a elaboração de políticas públicas voltadas a essa parcela da população.

Analisando o discurso especializado sobre a gravidez adolescente, alguns autores (Macintyre & Cunningham-Burley, 1993; Paula, 1992; Pearce, 1993; Reis, 1993) apresentam algumas reflexões críticas que nos auxiliam a pensar sobre essas questões.

Alberto Reis (1993), em sua tese de doutoramento, analisou artigos da área da saúde, indexados pelo index medicus [7], sobre o tema adolescente grávida entre 1930 e 1989. Essa análise permitiu-lhe evidenciar modificações nos discursos médicos nesse período configurando fases ou tendências dominantes assim descritas:

“A temática dos anos 30 e 40 estava intimamente associada ao bio-naturalismo, (...) e adotando a noção de risco. Nos anos 50, nos EUA a gravidez e a adolescente passaram a ser conjuntamente tratadas através da temática obstétrica-pediátrica, coletiva e preventivista. Entre as décadas de 50-60 (...) a adolescente grávida passou a ser problematizada numa dimensão mais abrangente. Nos anos 70, surgem as primeiras propostas da temática comunitária (...). Nos anos 80, (...) traduz-se principalmente no direcionamento da estratégia da Saúde Pública para os grupos mais vulneráveis da sociedade, (...) [com] uma nova tarefa capaz de prevenir a gravidez a despeito da adolescente querê-la (...)” (Reis, 1993: 148-150).

Ao criticar o discurso tradicional da Saúde Pública sobre a adolescente grávida, esse autor também considera que seria necessário um questionamento dessa concepção negativa e moralista que se apóia no critério de idade e concebe a gravidez como problema. No entanto, na concepção de Reis (1993), para que isso ocorra, essa área do conhecimento teria de rever:

“(...) os pressupostos básicos que determinam seu discurso. Ao abolir o "NÃO DEVE" o discurso da Saúde Pública poderia abrir-se ao desejo da adolescente e constituir-se como um discurso que não seria nem negativo, nem moral, mas ético. Poderia possibilitar que a adolescente assumisse um lugar nesse discurso e o sustentasse em seu próprio nome.” (Reis, 1993: 152).

Dirce Bengel de Paula (1992; 1999), em sua dissertação de mestrado e tese de doutoramento, também problematizou o discurso especializado que tende a normatizar e patologizar o evento da gravidez entre adolescentes como indesejável.

Segundo essa autora:

“A culpa é colocada na adolescente, na gravidez inconseqüente, fruto do não planejamento, que a leva a experenciar uma vida de riscos sociais - abandono da escola, menor chance de qualificação profissional, dependência econômica da família ou do pai da criança, maior número de filhos, casamento precoce, separação, abandono - o que leva a um maior empobrecimento da adolescente e da família.” (Paula, 1999: 194).

Contudo, Paula mostra que para algumas moças a gravidez faz parte de seus projetos de vida, não sendo nem irresponsável, nem acidental.

“No momento em que a adolescente se agarra ao papel de mãe, parece estar buscando a autoridade e o poder pertinente ao mesmo. A gravidez na adolescência está sendo entendida (...) como um modo de resistência encontrado pela adolescente para contrapor-se à autoridade do adulto [uma forma de] (...) compensar a imagem do adolescente imaturo e dependente através da função materna socialmente valorizada.” (Paula, 1992: 57)

Dois outros trabalhos publicados na coletânea The politics of pregnancyadolescent sexuality and public policy (Lawson & Rhode, 1993) também problematizam os significados atribuídos à maternidade adolescente pelos especialistas no Reino Unido (Macintyre & Cunningham-Burley, 1993) e nos EUA (Pearce, 1993).

Sally Macyntire e Sarah Cunningham-Burley (1993) apresentam dois problemas geralmente recorrentes na literatura sobre gravidez adolescente. O primeiro é que os autores já partem do pressuposto que a gravidez adolescente é um problema. E o segundo, que, em suas argumentações, aspectos sobre gravidez adolescente, analítica e empiricamente distintos, são discutidos todos juntos, tais como: idade cronológica, estado civil e a natureza da gravidez, se foi planejada ou desejada. De um modo geral, adota-se como dado que a adolescente grávida é solteira e não planejou a gravidez [8].

O que ocorre muitas vezes nos estudos é considerar todas as dificuldades enfrentadas pelas adolescentes como sendo inerentes à gravidez ou à adolescência e que terminam guiando os estudos sobre o tema. Dificilmente, os autores têm uma preocupação em definir claramente o que consideram como problemas decorrentes da gravidez adolescente, isto sim torna-se problemático, pois, na opinião dessas autoras, não é que não ocorram dificuldades, mas que essas podem ser minimizadas com uma rede de apoio adequada, prática na maioria das vezes incompatível com o olhar da prevenção.

Na mesma perspectiva, Diana M. Pearce (1993) critica, com bastante veemência, à luz de seu impacto nas políticas públicas, as campanhas norte-americanas de mobilização social que usam a palavra de ordem crianças tendo crianças (children having children). Para essa autora, na história nacional norte-americana e em muitos pontos na história do mundo, casar-se e ter filhos é uma norma da adolescência de mulheres.

"Assim, a definição de adolescentes que engravidam como crianças reflete uma construção cultural do fim da infância que era, consideravelmente, mais tardia que a transição atual." (Pearce, 1993: 47)

Em linhas gerais, as experiências de uma adolescente de 12 anos são bastante diversas de uma de 19.

A ambigüidade da posição crianças tendo crianças acarreta conseqüências no campo da intervenção, como afirma Pearce (1993). A gravidez de uma adolescente/criança é a conseqüência de dois comportamentos relacionados, mas distintos: manter relações sexuais e não usar métodos contraceptivos eficientes. Quando se considera a grávida adolescente como criança, os procedimentos vão no sentido de coibir sua sexualidade (discursos moralistas, alarmistas, ênfase dada aos cursos de educação sexual), pois o exercício pleno da sexualidade é reservado a mulheres adultas.

A título de ilustração dessa polêmica, temos a matéria elaborada por Patrícia Decia, "Lei de 1927 é ressuscitada para evitar gravidez teen. (...)", publicada no jornal Folha de S. Paulo, de 28/07/96, na qual ela relata que um promotor da cidade de Emmet nos EUA, já processou pelo menos seis teens por fornicação:

"O objetivo do promotor, no entanto, não tem muito a ver com questões morais. Ele pretende coibir ou pelo menos tentar diminuir o número de adolescentes grávidas no Estado, especialmente as que procuram o auxílio financeiro do governo para ter seus bebês. Cerca de um milhão de teens norte-americanas ficam grávidas a cada ano. Os custos de programa e alimentação a essas famílias chegam a US$ 25 bilhões (...)".

Ao contrário, se a ênfase for dada ao sexo responsável, trata-se a adolescente como adulta, pelo menos no plano da sexualidade, abrindo caminhos para políticas públicas em consonância com a aceitação de que mulheres adolescentes também são ativas sexualmente.

Como vimos, a gravidez adolescente vem sendo problematizada pelo menos há 60 anos. Esquadrinhada, patologizada, prevenida, qualificada, de forma repressiva ou mais compreensiva, como nos últimos anos, a gravidez adolescente é objeto de discursos e de ações. Mesmo adolescente, mulher e maternidade não se excluem. Nas rebarbas da repressão, mesmo no Brasil, as adolescentes grávidas são acolhidas por serviços de saúde - raros, é verdade - que foram pensados para atendê-las. Mesmo que, muitos deles, adotando uma perspectiva preventivista, evitaram-se menos erros. Assim é que, em vários países [9] e em diferentes regiões do Brasil, foram sendo criados serviços especializados para atender a adolescente grávida [10]. A paternidade adolescente, por sua vez, tem sido coberta pelo silêncio, que, timidamente, transforma-se em sussurro.

Paternidade adolescente


As mudanças de valores e costumes observadas na sociedade contemporânea, que se refletiram na e pela dinâmica das relações familiares, levaram a uma reestruturação das regras de comportamento, abriram possibilidades para uma iniciação sexual mais cedo, principalmente para as meninas, e ampliaram as possibilidades reprodutivas nesse período da vida (Madeira & Wong, 1988). Os estudos sobre o comportamento reprodutivo de adolescentes vêm considerando o tema da maternidade/paternidade dentro do amplo contexto social do prolongamento da transição da adolescência para a independência da fase adulta na sociedade pós-industrial (Rosenheim & Testa, 1992).

Todavia, observamos, a partir da análise de pesquisas sobre sexualidade e reprodução na adolescência, que as abordagens têm privilegiado populações e vivências femininas, sendo o tema mais recorrente a gravidez na adolescência na perspectiva da adolescente e de seu filho, deixando ausente a abordagem masculina (Lyra, 1998; Medrado, 1998). Um dos exemplos marcantes é o livro de Maria H. Henriquez e colaboradores (1989) que, apesar do título sugestivo adolescentes de hoje, pais do amanhã: Brasil, trata, exclusivamente, da gravidez sob a ótica das mulheres adolescentes. Exceção, mesmo que relativa a essa regra são as últimas pesquisas sobre saúde reprodutiva e sexualidade realizadas pela BEMFAM (1992; 1997), onde muitas informações foram coletadas para adolescentes e jovens de ambos os sexos.

Nos Estados Unidos, Bryan Robinson e Robert Barret (1982), analisando artigos sobre paternidade na adolescência produzidos na década de 70, encontraram cinco problemas principais que comprometem os conhecimentos sobre o tema:

1. pesquisas sobre parentalidade (paternidade/maternidade) adolescente omitem os pais da amostra;

2. quando o pai adolescente é inserido em amostras de outras pesquisas, as conclusões são inferidas (como por exemplo sobre pais solteiros);
3. as informações sobre o pai são obtidas de forma indireta, via relatos das mães;

4. os resultados são imprecisos para uma análise de mudanças psicológicas e culturais;

5. amostras não representativas são comumente utilizadas.

Onze anos depois do trabalho realizado por Robinson e Barret (1982), outro estudo, agora desenvolvido por Gina Adams, Karen Pittiman e Raymond O'Brien (1993), chegou a conclusões semelhantes, mesmo sem ser uma réplica do estudo anterior. Esses autores consideraram que há dificuldades em serem obtidos dados sobre os jovens pais, pois os estudos focalizam o papel da mãe. Os surveys não perguntam sobre o que pensam os homens a respeito da reprodução ou fertilidade; as informações disponíveis, geralmente, restringem-se aos que moram efetivamente com seus filhos. Um pai ausente dificilmente admitiria que tem um filho e que não o assume; poucos pais são ouvidos; os estudos incluem, em suas amostras de pais adolescentes, homens jovens (não adolescentes) mas que são parceiros das mães adolescentes e homens que participam de programas para jovens-pais.

Contudo, o lugar do homem, particularmente na família, anteriormente negligenciado, tem emergido nas agendas das instituições internacionais e nacionais que propõem e implementam políticas públicas, como uma forma de promover a eqüidade de gênero. No plano dos valores, o princípio de igualdade de oportunidades entre homens e mulheres vem sendo discutido não apenas no que diz respeito à cidadania pública, mas também à cidadania privada. À maior participação das mulheres na vida pública (mercado de trabalho, organizações políticas e sindicais, usufruto de benefícios e recursos econômicos) deve corresponder à maior participação do homem na vida privada: responsabilidade pela vida sexual e reprodutiva, criação dos filhos, partilha das atividades domésticas (Lyra, 1997).

Rever a própria política ou linha de intervenção, abrindo canais para pensar a masculinidade, a paternidade e maneiras de envolver os homens em questões relativas à sexualidade, papéis sociais e familiares são recomendações algumas vezes encontradas nos últimos anos (Engle, 1995; European Comission Childcare Network, 1990; Mundigo, 1995).
Posições em debate

Retomamos, assim, as perguntas iniciais deste ensaio. Em primeiro lugar, percebemos, ao longo do texto, inúmeros e negativos impactos que ações pré-conceituosas e repressivas podem ter não apenas na elaboração e implementação de políticas públicas, mas no próprio fazer científico e conseqüentemente na vida dos(as) adolescentes. Nesse sentido, o conceito de entitlement se mostra extremamente útil para pensarmos os direitos humanos na perspectiva do adolescente. José Ricardo Ayres e colaboradores (1999), no livro Sexualidades pelo avesso: direitos, identidades e poder, destacam que o conceito de entitlement está embasado:

“(...) em teorias da justiça que defendem o valor da chamada "liberdade negativa" na conquista do bem-estar das pessoas. Isto é, a liberdade não seria apenas um meio de os indivíduos conquistarem uma vida boa, através da promoção, atendimento ou garantia de seus direitos como cidadãos, mas seria intrinsecamente constitutiva dessa vida boa na forma de promoção, atendimento ou garantia de "não-interferência". Desse modo, além da definição das ações e condições a que os indivíduos devem ter acesso, o movimento pelos Direitos Humanos deve definir aquelas a que os indivíduos não poderão ser expostos, ou seja, a defesa de uma inalienável esfera de autonomia e competência própria a cada indivíduo (person's agency), livre de ameaças ou constrangimentos, dentro dos limites impostos pelos direitos do outro” (p. 62).

Assim, com base nesse conceito que tem suas origens no movimento pelos direitos humanos, podemos postular que não apenas é necessário estabelecer condições sociais adequadas para essa população - oportunidades educacionais (e não apenas laborais), serviços de saúde específicos, etc. É imprescindível desenvolver uma postura ética de respeito às jovens gerações, promovendo linhas de intervenção menos coercitivas e legitimamente apoiadas na escuta e no diálogo.

Em linhas gerais, consideramos que uma abordagem preventiva da gravidez na adolescência não favorece o alcance do objetivo de promover o desenvolvimento e o bem estar dos(as) adolescentes, oferecendo-lhes condições para realizar escolhas informadas e esclarecidas sobre o início de sua atividade sexual.

A nosso ver, precisamos estar atentos às formulações no plano das idéias e ao uso de termos e conceitos, pois estes conduzem e direcionam práticas, em maior ou menor grau. Consideramos, por exemplo, inadequado o uso do termo prevenção para trabalhar as questões da gravidez na adolescência, pois esse termo está intimamente associado ao campo da patologia. E, em nosso entender, gravidez, ocorra ela na adolescência ou fase adulta, não é doença. Por muito tempo, tanto os profissionais da área de saúde como o movimento de mulheres e feministas, têm lutado no sentido de desmistificar a experiência da gravidez deslocando-a para um outro patamar que não o da patologia.

Poder-se-ia argumentar que prevenimos aquilo que não queremos que nos aconteça, algo que não desejamos. Adentramos, assim, num terreno pantanoso e de difícil delimitação: a ordem do desejo, exaustivamente trabalhado e complexificado pela Psicanálise. Embora, de um modo geral, pesquisadores e clínicos tendam a ver de forma negativa a gravidez na adolescência, há casais adolescentes que têm mostrado um bom desempenho na escola, vida familiar e cuidado para com a criança; a gravidez e paternidade podem propiciar a alguns pais (pai e mãe) adolescentes benefícios emocionais substanciais (Elster, 1986). Desse modo, como nós, profissionais-adultos, podemos considerar para o outro, o(a) adolescente, que uma experiência seja a priori indesejada?

No caso da paternidade-maternidade/gravidez na adolescência a problematização nos campos da pesquisa, da intervenção e dos serviços pode seguir caminhos diversos em função do quadro de valores que orienta a tomada de decisões: considerá-la sempre indesejável e patologizá-la, prevendo processos de intervenção repressivos ou, por outro lado, considerá-la sim uma experiência que pode ser positiva para certos (as) adolescentes, sendo necessário informá-los e apoiá-los (as).

A crítica ao preconceito contra maternidade e paternidade adolescentes, entretanto, não significa que aceitamos a gravidez e o tornar-se mãe ou pai na adolescência como sendo sempre a melhor opção para todos e quaisquer adolescentes. O que procuramos destacar é que, cada vez mais, faz-se necessário discutir e problematizar a quem serve e qual é o impacto de ações repressivas e excludentes face à vida reprodutiva dos (as) adolescentes (Elster, 1986; Paula, 1992; Reis, 1993).

Além disso, consideramos que existem dois momentos e formas de trabalhar com os (as) adolescentes:
1) a reflexão/discussão sobre a gravidez antes dela ter acontecido; e 2) o apoio quando ela ocorre, ou seja, o que nós (adultos/profissionais) podemos fazer quando eles(as) (adolescentes) já são pais e mães ou estão "grávidos(as)". Uma abordagem com um caráter menos coercitivo possibilitaria, a nosso ver, formular programas mais adequados às necessidades enfrentadas pelos adolescentes, sem pré-conceituar a paternidade e a maternidade nessa fase como pura e simplesmente negativa, provocada, sempre e inexoravelmente, por irresponsabilidade dos jovens (Pearce, 1993; Lyra, 1999).

Investigar a temática e intervir na área da sexualidade e reprodução na adolescência significa discutir preconceitos e estereótipos arraigados e repensar a possibilidade da adoção de outros valores. Assim, aliada ao princípio do respeito pelas jovens gerações e à perspectiva de que a gravidez adolescente não é sempre indesejável, destaca-se o princípio da igualdade de oportunidades entre homens e mulheres em todos os âmbitos, como busca de resposta à segunda questão formulada no início desse texto, a saber, qual a importância de discutir a participação jovem e masculina no campo da saúde e relações de gênero, sexualidade e reprodução?

Em síntese, é preciso levar em consideração o questionamento da dupla moralidade vigente em nossa sociedade, em que a iniciação sexual dos rapazes é estimulada, enquanto que para as moças interpõem-se restrições (Parker, 1991).

As discussões sobre os novos padrões de comportamento estão trazendo para a esfera da sexualidade e saúde reprodutiva a figura do homem em questões relativas à prevenção de DST, em especial a Aids, e ressaltando a importância do seu envolvimento no planejamento familiar, uma vez que, entre outras coisas, ele convive constantemente com a possibilidade de engravidar mulheres com as quais mantêm relacionamento sexual, dado que sua fertilidade é constante e não periódica como a das mulheres (ICDP, 1994). Atenção redobrada nesse aspecto é necessário para que este não constitua mais um instrumento numa possível reedição de um movimento controlista (Silva, 1996) no campo da reprodução.

Além disso, consideramos que a argumentação corrente no campo da prevenção da gravidez na adolescência pode seguir os mesmos caminhos tortuosos que marcam o início das campanhas de prevenção da Aids (aqui sim uma doença!). Ou seja: o do alarme e da criação de pânico na população a partir das palavras de ordem Aids mata! Essa inadequada estratégia de sensibilização não favoreceu a reflexão por parte da população, não favoreceu a que as pessoas - homens e mulheres, jovens e adultos - se posicionassem diante da experiência, da possibilidade ou não de contrair o HIV e pensassem que atitudes deveriam tomar para proteger a si e aos outros.

Infelizmente, ainda hoje, persiste a idéia de que a educação se exerce com base na produção de estímulos aversivos e que políticas públicas se definem exclusivamente a partir de números, de preferência cada vez maiores, o que gera uma lógica do tipo mal necessário. Parafraseando, Silva (1996):

"Por que altos níveis de gravidez na adolescência representam necessariamente um problema?" (p. 1545).

Não à toa, recentemente, conforme matéria veiculada pelo Jornal Nacional, da Rede Globo de Televisão, a Inglaterra lançou: "uma campanha para a acabar com um triste recorde: o maior número de gravidez entre adolescentes na Europa. E pela primeira vez o alvo das autoridades não é a mulher, são os rapazes". Nas palavras do César Tralli:

"Pois a partir de agora, vai ser diferente. Se não tomar cuidado e fizer besteira, o rapaz vai ter que assumir a criança e pagar pensão para a mãe adolescente. Nem que para isso ele tenha que trabalhar nos fins de semana para não sair da escola".

Cita ainda o exemplo do jovem Sean, pai aos 17 anos, que será obrigado a procurar um emprego, para não ser processado e preso. Sean concorda "É preciso enfrentar a realidade de ser pai". Mas de que realidade estamos falando? No nosso entender, essa estratégia de pressão social resolve muito parcialmente, ou de modo mais preciso, economicamente o problema. A paternagem e o cuidado com o bebê não parecem constituir foco do interesse de medidas como essa, cristalizando o lugar do pai como exclusivamente chefe provedor material.

Sem dúvida, existem preocupações legítimas em relação à saúde das mães e dos filhos, nos processos de gravidez, parto e puerpério, porém é preciso muita atenção para não cairmos nas armadilhas da medicalização e patologização que tal preocupação pode gerar. Cremos também, em consonância com Stern e García (1996), que esta preocupação tem sido mal dimensionada e mal compreendida e que não justifica nem a associação entre idade e danos à saúde da mãe e do bebê, nem tampouco o fato de que a responsabilidade para enfrentar o problema recaia exclusivamente no Setor da Saúde.

 

quarta-feira, 13 de junho de 2012

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quarta-feira, 6 de junho de 2012

CUIDADOS PARA NAO CAIR NA ROTINA

Namoro Cuidados Para Não Cair Na Rotina DicasQuando você gosta de uma pessoa, é a melhor coisa do mundo, o problema é que você não pode sem querer sufocar seu companheiro, afinal de contas ele antes de te conhecer tinha a vida dele, e se ele te escolheu para ser a mulher dele claro que ele te ama, mas é porque também ele acha que você vá entender ele e que você não vá deixar o namoro de vocês cair na rotina, ele pensa em fazer coisas diferentes, sair, sorrir, e o mais importante saber que ele pode contar e confiar em você, mas se você fica ligando de cinco em cinco minutos, perguntando que horas ele volta, ou até mesmo quando ele chega em casa um pouco mais tarde, você já começa a gritar tava com outra, nossa isso é o fim ou as vezes não por ele gostar de você não vai te deixar, mas com o tempo esse namoro vai cair sim na rotina, para que isso não aconteça é necessário tomar alguns cuidados, evitar brigas, desconfianças, muita pressão, você é a companheira dele não a causa de todos os problemas dele, procure ligar apenas uma vez no dia, para saber como ele está, quando ele chegar procure conversar sobre como foi seus dias, como anda o trabalho, dê risadas, e quando ele te levar para sair, mesmo que você não goste do ambiente, procure sorrir, para que quando você quiser levá-lo ele reconheça e sorria também. Siga as dicas e tome os cuidados e assim o seu namoro não irá cair na rotina.
somente tome cuidado com o seu namoro!































































































































































































terça-feira, 5 de junho de 2012





Gente estou aqui para passar o endereço do Blog para vocês entrarem e compartilhar algo.
É namoroeadolescencia.blogspot.com
bjsssssssssssssssss
LAVÍNIA
ATÉ AMANHÃ!!!!
rs rs rs rs



Tá sendo muito legal fazer esse trabalho!!!!!
EU queria pedir a todos que lessem o BLOG DA MARINA  é muitooooo
legal!!!
É também de pedir a todos que olhassem o nosso trabalho que ficou muitooo
legal!!
É sobre NAMORO E ADOLESCÊNCIA!!!!!
LAVÍNIA ,JÚLIA,  LARISSA SILVEIRA, WINDSON, JOÃO VITOR E TÁRICK.